quarta-feira, 9 de junho de 2010

Reserva Natural do Estuário do Tejo



O estuário do Tejo é a maior zona húmida do nosso país e uma das mais importantes da Europa. Conhecida como um santuário de peixes, moluscos, crustáceos e, sobretudo, de aves, que o utilizão como ‘’paragem’’ o mesmo foco migratório entre o Norte da Europa e a África. É o maior estuário da Europa Ocidental, com cerca de 34 mil hectares, e alberga regularmente 50 mil aves aquáticas, nueádamente flamingos, patos, aves limícolas1),...


A Reserva Natural foi criada em 1976. Abrange uma área de 14.192 hectares e é caracterizada pela sua extensa superfície de águas estuarinas, campos de limo sinuoso,com mouchões(2), sapais, salinas e terrenos alagados pelas enchentes.
Sem exceder os 11 metros acima do nível do mar, nem uma profundidade de 10 metros, a reserva está distribuída pelos concelhos de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira, está também inserida na zona mais montante do estuário do Tejo que, se estende por uma área de cerca de 32 km2, sendo o maior da Europa Ocidental.


Nas margens do estuário desenvolve-se um sapal, cuja florestação vive sob a influência das águas trazidas pelas marés. É uma região abundante a nível de poliquetas(3), moluscos e crustáceos, constituindo, assim, uma autêntica maternidade para várias espécies de peixes. Mas são as aves aquática que atribuem ao estuário a sua importância internacional. As especies que abitam na reserva durante todo a ano chegam a atingir cerca de 120 mil. As contagens regulares indicam que invernam(4) nesta área mais de 10.000 anatídeos(5) e 50.000 limícolas, das quais se destaca o Alfaiate Recurvirostra Avosetta, com um número que pode ascender a 25% da população invernante na Europa. Muitas outras espécies atestam igualmente a riqueza biológica e o valor para a Conservação da Natureza desta região: o Flamingo Phoenicopterus Ruber, o Ganso-bravo Anser anser, o Pilrito-de-peito-preto Calidris Alpina, e o Milherango Limosa limosa.

(1) Limicula que vive no lodo
(2) Mouchão terreno arborizado e um tanto elevado, no meio de lezírias; pequena ilha nos rios ou à beira-mar, formada pela acumulação de aluviões.
(3) Poliquetas grupo de animais anelados, quetópodes, cujas sedas locomotoras estão dispostas em grupos inseridos em parápodes
(4) Invernar passar o Inverno (em lugar próprio para escapar aos seus rigores); hibernar.
(5) Anatídeos família de aves palmípedes a que pertencem os patos, marrecos, etc., cujo género-tipo designa-se Anas.


Trabalho realizado por: Joana Costa Sequeira, nº 19 6ºA, 8 de Junho de 2010

Escola D.João I, Baixa Da Banheira