quarta-feira, 9 de junho de 2010

Reserva Natural do Estuário do Tejo

A Reserva Natural do Estuário do Tejo, criada em 1976, situa-se a Norte de Alcochete, ocupando uma superfície de 14.560 hectares, abrangendo uma extensa área de águas estuarinas, zonas de lamas e sapal, salinas, mouchões (da Póvoa, Alhandra e Lombo do Tejo) e terrenos agrícolas.

Considerada uma das reservas naturais mais importantes da Europa, é a zona húmida mais extensa do país com uma grande biodiversidade e variedade de habitats e uma das maiores extensões contínuas de sapal.
O estuário do Tejo funciona como local de cria para peixes, caso do Linguado e do Robalo. Para peixes migradores como a Lampreia, a Savelha e a Enguia o Tejo é local de transição entre o meio marinho e o fluvial.
Devido à sua localização, esta zona húmida é uma área de eleição para diversas espécies da avifauna. O Flamingo, a Águia-sapeira e o Ganso-bravo-comum, com populações variáveis, também frequentam estas paragens.
Lontra, Touro, Rato-de-cabrera, Cavalo de lide, entre muitas outras espécies de mamíferos também habitam o território desta Reserva.
Dentro da Reserva Natural do Estuário do Tejo foram demarcadas duas reservas integrais: a Reserva Integral do Mouchão do Lombo do Tejo, que visa a protecção da nidificação de algumas espécies, e a Reserva Integral de Pancas, da qual faz parte a maior mancha de sapal do estuário que se desenvolve entre a foz do Rio Sorraia e Alcochete.
Num cenário paradisíaco único, a Reserva Natural do Estuário do Tejo faz como Lisboa seja a única capital europeia a possuir, diante de portas, uma reserva natural desta importância.

André Cavaco e Nuno Castelo